O site do Centro Espírita Batuíra Sorocaba, fez uma matéria muito interessante sobre o assunto e dividiu por tópicos essa "divisão" entre espíritos bons e ruins:

1) Bom senso
Não há outro critério para se discernir o valor dos espíritos senão o bom senso.
2) Caráter
Julgamos os Espíritos pela sua linguagem e suas ações.
3) Moral
Admitindo que os Espíritos bons só podem fazer o bem, tudo o que é mau não pode provir de um Espírito bom.
4) Caráter de Linguagem
A linguagem dos espíritos superiores é sempre digna, simples e modesta. A dos Espíritos inferiores é sempre algum reflexo das paixões humanas.
5) Aspecto Íntimo
Devemos julgar os Espíritos pelo aspecto íntimo; toda falta de lógica não pode deixar dúvida quanto à sua origem, qualquer que seja o nome de que o Espírito se enfeite.
6) Linguagem Universal
A linguagem dos espíritos superiores é sempre idêntica quanto à substância e jamais se contradizem.
7) Prudência
Os Espíritos superiores só dizem o que sabem; os maus falam de tudo sem se importar com a verdade.
8) Predição do futuro
Todo anúncio de acontecimento para uma época certa é indício de mistificação
9) Expressão das idéias
Os Espíritos superiores se exprimem de maneira simples e profunda. Os inferiores escondem, sob frases empolgadas, o vazio das idéias.
10) Ordens e Imposição
Os Espíritos superiores jamais dão ordens: não querem impor-se; os maus são autoritários, querem ser obedecidos e não se afastam facilmente. Todo espírito que se impõe, trai sua condição.
11) Elogios
Os Espíritos superiores não fazem lisonjas; os maus exageram nos elogios e procuram exaltar a importância de quem desejam conquistar.
12) Vulgaridade
Os Espíritos superiores mantém-se, em todas as coisas, acima das puerilidades formais; os Espíritos vulgares são os únicos que podem dar importância à detalhes mesquinhos.
13) Nomes bizarros
Devemos desconfiar dos nomes bizarros e ridículos usados por certos Espíritos que desejam impor-se à credulidade.
14) Nomes Venerados
Devemos desconfiar dos Espíritos que se apresentam com muita facilidade usando nomes bastante venerados.
15.) Aconselhamento
Os Espíritos bons são muito escrupulosos no tocante às providências que podem aconselhar.
16) Indulgência
Os Espíritos bons são também reconhecíveis também pela sua prudente reserva no tocante às coisas que possam nos comprometer. Repugna-lhes revelar o mal. Os Espíritos levianos gostam de fazê-lo.
17) Ensino
Os Espíritos bons só ensinam o bem. Toda máxima, todo conselho que não for estritamente conforme à mais pura caridade evangélica, não pode provir de bons Espíritos.
18) Conselhos Racionais
Toda recomendação que se afaste da linha reta do bom senso ou das Leis Imutáveis da Natureza, acusa a presença de um Espírito estreito.
19) Sinais materiais
Os Espíritos maus ou simplesmente imperfeitos ainda se revelam por sinais materiais que a ninguém poderão enganar, exercendo sobre o médium uma ação violenta com movimentos bruscos e sacudidos; uma ação febril que contrasta com a calma e a suavidade dos Espíritos bons.
20) Influência Mediúnica
Os Espíritos imperfeitos aproveitam-se freqüentemente dos meios de comunicação de que se dispõem para dar maus conselhos.
21) Influência material ou moral
Os Espíritos dos que tiveram na Terra uma preocupação material ou moral exclusiva, se ainda presos à influência da matéria, conservam as idéias terrenas; isso é fácil de reconhecer pela sua linguagem.
22) Conhecimento
Os conhecimentos de que certos Espíritos muitas vezes se enfeitam não são nenhum sinal de superioridade. Essa superioridade se verifica na pureza inalterável dos sentimentos morais.
23) Entrevista
Não basta que interroguemos o Espírito para se conhecer a verdade. Os Espíritos inferiores tratam com leviandade as mais sérias questões. Devemos saber a quem nos dirigimos.
24) Gracejos
Os gracejos dos Espíritos superiores são muitas vezes sutis e picantes, mas nunca banais. Entre os Espíritos zombeteiros a sátira mordaz é feita quase sempre muito a propósito.
25) Grau de confiança
Estudando-se com atenção o caráter dos Espíritos que se manifestam, sobretudo sobre o aspecto moral, reconhece-se a sua condição e o grau de confiança que merecem.
26) Autoridade moral
Para julgar os Espíritos, assim como os homens, é necessário antes saber julgar-se a si mesmo.

 Agora que temos uma noção do que é um espírito ruim podemos seguir em frente. Na obra "Síntese Doutrinária" do renomado escritor espírita Léon Denis, há uma passagem intitulada "Os Maus Espíritos" que nos ajuda a entender melhor quem são e o que acontece com eles! Confira:

Há muitas classes de Espíritos maus?
- Há os Espíritos simplesmente inferiores, tais como os Espíritos levianos, imperfeitos, zombeteiros, que nossos pais chamavam de duendes, os brincalhões, e que gostam de travessuras de toda espécie; depois há os Espíritos perversos, que induzem os homens ao mal, pelo prazer de fazer o mal, e os que, como os Espíritos batedores, habitam as casas mal-assombradas.

Como vivem os Espíritos inferiores?
- Numa vida inquieta e atormentada; eles percorrem, sem destino certo, as regiões crepusculares da erraticidade, sem poderem compreender seu estado, nem achar seu caminho: é o que se chama de almas penadas.

Os Espíritos inferiores são nocivos?
- Alguns o são; e sua má influência sobre os homens deu lugar à crença nos demônios.

Os demônios, então, não existem?
- Não; há maus Espíritos, porém os que são chamados de demônios, ou espíritos eternamente maus, não existem; nem o mal, nem os maus podem ser eternos.

Como os homens podem entrar em relação com os maus Espíritos?
- Por meio dos fluidos e em virtude da lei de afinidade espiritual: “Quem se assemelha, se ajunta.”

Os maus Espíritos podem, então, exercer influência sobre os homens?
- Sim. Sobre os homens maus, que os invocam, ou sobre os homens fracos, que se entregam a eles; daí os frequentes fenômenos da possessão e da obsessão.

Que pensar do papel do demônio nas manifestações espíritas?
- O demônio não existe e não pode existir, porque, se ele existisse, Deus não existiria; um exclui necessariamente o outro.

Como assim?
- Se o demônio é eterno como Deus, há dois seres eternos. Ora a coexistência de duas eternidades é impossível; ela seria uma contradição na ordem metafísica. Esses dois deuses, um do bem, outro do mal, lembram a teoria oriental dos dois princípios: é uma reminiscência do dualismo dos maniqueus. Se, ao contrário, o demônio é uma criatura de Deus, Deus se torna responsável diante da humanidade de todo o mal que o demônio tem feito e fará ainda, eternamente. É a mais clamorosa injúria que se possa fazer a Deus, pois que é negar sua justiça e sua bondade. Há maus Espíritos, já o dissemos acima, que impelem ao mal o homem que a ele é propenso; mas o demônio, considerado como a personificação individual do mal, não existe.

Entretanto, a Igreja não ensina e afirma o caráter satânico de certas manifestações espíritas?
- A Igreja tem uma unica palavra para explicar o que não compreende: Satã. No decorrer dos séculos, a Igreja sempre atribui a Satã todas as invenções do gênio, desde a do vapor às da estrada de ferro e da eletricidade. Está em sua lógica habitual e em sua característica dizer que os fenômenos do magnetismo e as revelações espíritas são obra de Satã. Todavia, apesar dos anátemas da Igreja, a ciência progride, o gênio do homem evolui e o Espiritismo se tornará à fé universal do futuro.

Então, agora vocês sabem se eles existem, como eles são, agora o que acontece com eles é algo relativo. Muitos vivem as custas de atividades negativas, porém como sabemos não é possível regredir, apenas estacionar, então alguns acabam se tornando "estacionados" no processo evolutivo. Porém, devemos sempre lembrar que nada é definitivamente ruim, logo eles podem mudar e evoluir! A reencarnação é um processo natural pelo qual eles devem passar para atingir a evolução, podendo então encontrar consequências durante sua vida carnal.